Os princípios de
interpretação do Novo Testamento neste curso assumem uma perspetiva histórico-crítica.
O método histórico-crítico de interpretação de um texto privilegia o sentido
pretendido pelo autor antigo, a interpretação do público original do texto, a
língua original em que o texto foi escrito e a prevenção do anacronismo.
Contudo, durante a maior parte dos últimos dois mil anos, este não tem sido o
método de interpretação da Bíblia. Os intérpretes pré-modernos, como Orígenes e
Agostinho, sentiram-se livres para alegorizar e utilizar o texto como bem
entendessem. Foi apenas através da Reforma e de outros acontecimentos da
história moderna que o método histórico-crítico se tornou o método predominante
de interpretação.
https://oyc.yale.edu/religious-studies/rlst-152/lecture-22
Se esta é a definição de método
histórico-crítico de interpretação, então não há nada a objetar a ele, na
verdade é semelhante em termos de objetivos ao método conhecido como histórico-gramatical,
que é método padrão utilizado pelos reformadores e as igrejas protestantes.
O problema é quando o “crítico”
vai além da interpretação do texto e desenha conclusões sobre as origens e a historicidade
do texto não baseadas na evidência histórica objetiva, mas em pressupostos
filosóficos particulares como o naturalismo ou o antisobrenaturalismo
metafísicos. Ou dito de outra forma, quando associa ao método histórico-crítico
o naturalismo metodológico.
De acordo com o naturalismo metodológico os mortos não ressuscitam, por isso a intenção dos autores dos textos bíblicos não é relatar uma ressurreição real ou histórica, se é então estão a mentir ou iludidos. Por definição, Jesus não pode ter ressuscitado realmente.... mas isso de acordo com o naturalismo, não com a evidência histórica objetiva.
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