O relato bíblico da
alimentação de 5.000 pessoas por Jesus contém coincidências não intencionais
que sugerem autenticidade histórica.
Na história destaca-se a
importância de Filipe como discípulo de Jesus. Embora Filipe não seja proeminente
no Novo Testamento, a sua origem em Betsaida é relevante. Lucas menciona este
lugar, mas não menciona Filipe no seu relato, mas a sua ligação com Betsaida
realça a sua importância na história. Filipe e André são residentes em Betsaida,
o que pode explicar a razão de conhecerem um rapaz que tinha pão e peixes. No
relato de Marcos destaca-se que a erva era verde, algo pouco comum em Israel, o
que acrescenta intriga ao relato. Marcos refere que Jesus os convida a
descansar num lugar deserto, o que demonstra preocupação com o bem-estar das
pessoas que o rodeiam. Durante a Páscoa, a erva fica verde na região devido às
chuvas. João é o único evangelista que refere que os pães eram de cevada, podendo
isso ser relacionado com a colheita da cevada na época da Páscoa. A ligação entre
a erva verde, os pães de cevada e a multidão em movimento aponta para que o
evento ocorreu durante a Páscoa. Do mesmo modo, a menção de João à Páscoa permite
explicar a presença da erva verde e da multidão.
Por esta razão, os
estudiosos do Novo Testamento apontam a importância da casualidade na avaliação
da fiabilidade histórica.
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