sexta-feira, 2 de abril de 2021

Paixão segundo São Mateus de Bach

 

Esta obra de Johann Sebastian Bach é baseada no evangelho de Mateus, narrando a condenação e a morte de Jesus na cruz do calvário. Bach é considerado o quinto evangelista por ter produzido músicas magníficas, influenciando e tocando os corações no mundo todo. Pregou com a sua criativa música.

Bach foi um cristão luterano que viveu cerca de 200 anos após a Reforma Protestante.

A Paixão Segundo São Mateus foi traduzida para o português e está legendada para poder ser acompanhada. Bom deleite. 

https://gulbenkian.pt/musica/videos/paixao-segundo-sao-mateus/

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Teologia do Faz-de-conta

 

492 Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a «encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo» (Ef 1, 3). «N'Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença» (Ef 1, 4).

http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html

Não há nada de errado com essas afirmações? Comparemo-las com as palavras do seu texto de prova:

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; 4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele (Ef. 1:3-4).

Ef. 1:3-4 não destaca Maria como o objeto de Ef. 1:3-4, mas os cristãos em geral. Os eleitos.

Na verdade, não diz absolutamente nada sobre Maria. Na melhor das hipóteses, ela estaria incluída entre outros cristãos.

Desde Newman, os católicos apelam para a teoria do desenvolvimento. Aqui vemos uma passagem da Escritura dissociada do seu contexto, para sustentar o dogma mariano. A partir do momento em que a Escritura é dissociada do contexto, o processo ganha vida própria.

Não há nada intrinsecamente errado com o desenvolvimento teológico, mas tem que ser logicamente válido. O problema é que a teologia católica se desenvolve da mesma maneira que um argumento ficcional seminal se desenvolve ao longo do tempo. Veja-se a evolução literária da lenda de Fausto ou da lenda Arturiana, ou a evolução cinematográfica do Batman, do Super-homem, os mitos de vampiros ou as permutações do cânon de Star Trek. Como a ficção não está sujeita a restrições factuais, ela pode mudar. O único limite é a consistência e a imaginação do argumentista.

Mas os eventos históricos não podem mudar. Eles são o que foram. Estão congelados no tempo.

A teologia católica sofre o tipo de embelezamento lendário que é característico da ficção. Um desenvolvimento descontrolado, porque a realidade não impõe nenhum limite sobre para onde pode ir.

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