Quando se fala do problema do mal, um clichê é invocar o Holocausto e perguntar onde estava Deus durante o Holocausto? Por que permitiu Deus o Holocausto?
Mas seria um mundo alternativo em que o Holocausto nunca aconteceu melhor do que o nosso mundo? Melhor em que aspecto? Melhor em todos os aspectos?
Um mundo no qual o Holocausto nunca tivesse acontecido teria
um passado diferente e um futuro diferente. As condições históricas que levaram ao
Holocausto não existiriam. E
as consequências históricas do Holocausto não existiriam.
Mas, entre outras coisas, isso requer a eliminação de muitas
pessoas do passado e a sua substituição por um conjunto diferente de pessoas.
Da mesma forma, isso requer a eliminação de todas as pessoas que nasceram como
resultado do Holocausto. De certa forma, isso seria um tipo diferente de
Holocausto.
Isso seria melhor para as pessoas que nunca existiriam neste
mundo alternativo? E se algumas delas estiverem perto de ter um futuro eterno de
felicidade? Ao criar o mundo alternativo, Deus as priva dessa bênção
incomparável.
Algumas coisas boas resultam de um mundo onde ocorreu o
Holocausto que nunca resultariam sem o Holocausto. Portanto, um mundo em que o
Holocausto ocorreu é melhor em alguns aspectos, mas pior em outros. Melhor para algumas pessoas, mas
pior para outras.
Há inclusive judeus - muitos judeus - que beneficiaram do Holocausto. Há judeus que nasceram como resultado do Holocausto que nunca existiriam sem esse acontecimento horrível. Por exemplo, alguns sobreviventes do Holocausto casaram com pessoas que nunca teriam oportunidade de conhecer num mundo sem os deslocamentos do Holocausto.
Os melhores meios para um fim não tornam os meios bons em si mesmo. Como uma amputação para evitar a morte por gangrena.
Um mundo com o Holocausto não é o melhor mundo possível, porque o melhor mundo possível é uma impossibilidade lógica, mas é o melhor mundo possível para a realização dos propósitos de Deus.
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