Se a crença no determinismo foi determinada por fatores externos irracionais, então o determinismo minaria a crença no determinismo. Mas se a crença no determinismo foi determinada por um Deus racional, então isso não derrota a racionalidade da crença no determinismo.
Dizer “a razão pela qual se acredita no determinismo é simplesmente porque estava determinado a fazê-lo” é simplista e equívoco. Isso confunde a razão que se tem para acreditar no determinismo (ou seja, a coisa que torna o determinismo uma ideia persuasiva) com a razão pela qual algo acontece. A razão pela qual choveu hoje não é a mesma razão pela qual eu penso que choveu hoje. O facto de eu estar predeterminado a pensar que choveu hoje não implica que não tenha boas razões para pensar que choveu hoje. A diferença é clara.
Um agente determinado pode pesar os argumentos a favor e contra. Um agente determinado será predeterminado para pesar os argumentos a favor e contra. Não há nenhum motivo para assumir que um processo determinístico não pode fazer uso de boas razões para convencer um agente determinado de que o determinismo é verdadeiro.
Conselho amigável: Se alguém acha que o determinismo é autoderrotante não deverá confiar nos resultados das máquinas de calcular.
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