domingo, 18 de agosto de 2024

O PANTEÃO DA IGREJA DE ROMA

Os católicos são frequentemente acusados ​​de idolatria. Há vários motivos para isso. Um é a veneração dos santos, especialmente de Maria. Outro é a Adoração Eucarística.

Uma forma em que os católicos tentam rechaçar a acusação é traçar distinções subtis entre dulia, hiperdulia e latria.

Gostaria apenas de fazer uma breve comparação. Eu considero que a veneração dos santos é um sincretismo disfarçado: apenas substitui deuses padroeiros por santos padroeiros. Nomes diferentes, a mesma função, a mesma mentalidade.

Ora, um idólatra pagão também pode distinguir entre graus ascendentes ou descendentes de veneração. No politeísmo, o panteão tem uma hierarquia. Nem todos os deuses ou deusas são criados iguais. Existem deuses superiores e deuses inferiores.

Se alguém for um marinheiro, é melhor prestar vénias a Posídon. Mas se uma pessoa viver em terra firme, tem pouco a temer de Posídon. Ela está fora da sua jurisdição.

Ninguém quer ter a inimizade de deuses ou deusas poderosos e vingativos como Zeus, Juno e Marte. No entanto, Vénus não é muito intimidante. Da mesma forma, Vulcano não é terrivelmente ameaçador — a menos para alguém que viva na sombra do Monte Vesúvio.

No hinduísmo, um hindu piedoso normalmente se torna devoto de uma divindade em particular, como Vishnu, Shiva, Devi, Durga, Kali, Rama ou Krishna.

O meu ponto é que é fácil traçar paralelos entre a devoção pagã e a devoção católica a este respeito. Tanto católicos quanto pagãos têm uma gradação no grau de veneração que concedem à numina. Desenhar distinções refinadas não protege o catolicismo da acusação de idolatria, pois os pagãos podem e fazem a mesma coisa em relação à hierarquia divina.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...