"Na Sagrada Escritura não se expressa directamente a instituição divina da confissão particular dos pecados e a sua necessidade para conseguir a salvação, mas estas verdades se deduzem do facto de Cristo ter instituído o poder para perdoar pecados dando-lhe forma judicial...
As passagens de 1 Ioh (Jo) 1,9; Iac (Tg) 5,16; Act 19,18, que nos falam da confissão de pecados, não deixam ver com clareza se se trata efectivamente de uma confissão sacramental; há razões poderosas que parecem advogar contra".
(Ludwig Ott, Manual de Teología Dogmática. Edición Rev. Barcelona: Herder, 1969, p. 633, negrito acrescentado)
A confissão auricular foi normatizada pelo IV Concílio de Latrão, tido por XII ecuménico pela Igreja de Roma, onde foi estabelecido a obrigatoriedade de confessar-se e comungar pelo menos uma vez ao ano, com a seguinte sanção para os transgressores:
do contrário, durante a vida, deve se lhe proibir o acesso à Igreja e, ao morrer, privá-lo de cristã sepultura.
Denzinger # 437
Como tantas outras falsas doutrinas, a confissão sacramental é de origem medieval. Antes desta época era recomendado com frequência, pelo menos desde Orígenes, a confissão privada, mas não como sacramento de observância obrigatória nem para que o sacerdote declarasse a absolvição.
A confissão auricular foi normatizada pelo IV Concílio de Latrão, tido por XII ecuménico pela Igreja de Roma, onde foi estabelecido a obrigatoriedade de confessar-se e comungar pelo menos uma vez ao ano, com a seguinte sanção para os transgressores:
do contrário, durante a vida, deve se lhe proibir o acesso à Igreja e, ao morrer, privá-lo de cristã sepultura.
Denzinger # 437
Como tantas outras falsas doutrinas, a confissão sacramental é de origem medieval. Antes desta época era recomendado com frequência, pelo menos desde Orígenes, a confissão privada, mas não como sacramento de observância obrigatória nem para que o sacerdote declarasse a absolvição.
O que a Igreja antiga ensinou é a prática usual de muitas igrejas evangélicas. É parte normal da tarefa de um pastor ouvir irmãos que sentem a necessidade de confessar privadamente faltas graves (na verdade, para evitar escândalos pode admitir-se uma confissão pública apenas se previamente se tiver a autorização do presbitério). Isto permite, além de uma catarse, a adequada orientação pastoral.
Sozomeno, no seu livro sétimo da Historia Eclesiástica, conta que, no século IV, o bispo de Constantinopla, Nectário, piedoso cristão, ABOLIU A CONFISSÃO PARTICULAR A SACERDOTES (QUE NÃO ERA OBRIGATÓRIA) por um escândalo (certa mulher, simulando confessar-se, foi apanhada encobrindo com essa simulação a relação amorosa que mantinha com um diácono), algo que demonstra que Nectário não acreditava que a confissão particular a um sacerdote fosse uma lei de Deus ou de direito divino, mas uma aplicação de Tiago 5:16, e que não era a única válida (como atualmente é a única válida na igreja de Roma).
ResponderEliminarAfirma ainda Sozomeno que na igreja constantinapolitana o costume de confessar-se fora negligenciado não apenas por um tempo, ao contrário, havia caído em desuso até onde a sua lembrança se estendia. Como podia a Igreja de Constantinopla negligenciar e deixar cair em desuso a confissão particular a sacerdotes se acreditasse que era uma lei inviolável, um sacramento de instituição divina ordenado a todos os cristãos para poderem obter o perdão dos pecados?
ResponderEliminarA "confissão sacramental" ou "sacramento da penitência" é uma doutrina que se desenvolveu um pouco antes do Grande Cisma do Oriente (século XI; separação da Igreja de Roma da de Constantinopla).
Para uma análise bíblica e histórica mais detalhada desta doutrina recomendo a leitura deste artigo de William Webster em
http://www.christiantruth.com/articles/penancehistory.html