Foto: (AP/Gregorio Borgia)
O que vale é que, agora, os cristãos da Ucrânia têm três proprietários: o Papa de Roma, o Patriarca de Moscovo e o Metropolita de Kiev. O primeiro e o segundo são grandes amigos, já o terceiro não se dá bem com o segundo. Não se sabe se o primeiro conhece o terceiro ou não. Apesar de ainda haver algumas desavenças com a partilha do território e de qual é a única verdadeira Igreja de Cristo, os cristãos da Ucrânia estão assim, por direito divino, entregues a estas três Suas Santidades, que nesta hora difícil, tudo estão a fazer para os proteger, diminuir o seu sofrimento e parar com a devastação da sua terra. Sabe-se que o Papa de Roma já mandou congelar qualquer conta ligada a oligarcas russos que possa existir no Banco do Vaticano e enviou ao Kremlin o Núncio Apostólico em Moscovo para exortar o presidente Putin a cessar de imediato as hostilidades, a respeitar o direito internacional e prosseguir com a sua política de grande lutador pela liberdade e defensor das minorias étnicas, religiosas e políticas no mundo, facto este que levou nos últimos anos o Vaticano a aproximar-se da Rússia e dos seus altos dignatários, enquanto o Patriarca de Moscovo condenou veementemente a atitude, tão inesperada como violenta, de invadir injustificadamente um país soberano do seu amigo dos tempos do KGB e ídolo, Vladimir Putin.
Também se sabe que o Papa de Roma e o Patriarca de Moscovo, como bons pastores que são, já estão a preparar em conjunto uma grande campanha humanitária para resgatar o seu rebanho bipartido (ou tripartido?) da Ucrânia.
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