Agostinho (354-430): Só Deus jura de
forma segura, porque
só Ele é infalível.
NPNF1: Vol. VIII, St. Augustin on the Psalms, Psalm 89,
§ 4.
Texto latino: Deus solus
securus jurat, quia falli non potest.
Ver em Psalmum LXXXVIII Enarratio, Sermo I, PL 37:1122.
Agostinho (354-430): Mas a autoridade
humana muitas vezes falha.
FC, Vol. 5, Saint Augustine On Divine Providence and
the Problem of Evil, Book 2, Chapter 9, §27 (New York: CIMA Publishing Co.,
Inc., 1948), p. 305.
Texto latino: Humana
vero auctoritas plerumque fallit. De Ordine, Liber Secundus, Caput IX, §27, PL
32:1008.
Agostinho (354-430): Uma vez que então, Deus, em
cuja eternidade não há mudança alguma, é o Criador e Ordenador do tempo, eu não
vejo como se possa dizer que Ele criou o mundo depois de decorridos espaços de
tempo, a não ser que se possa dizer que antes do mundo havia alguma criatura
por cujo movimento o tempo poderia passar. E se as Sagradas e infalíveis
Escrituras dizem que no princípio Deus criou os céus e a terra, para que se
possa entender que Ele nada tinha feito previamente – porque se Ele tivesse
feito alguma coisa antes do resto, esta coisa seria dita ter sido feita
"no princípio" - então seguramente o mundo foi feito, não no tempo,
mas simultaneamente com o tempo. Porque o que é feito no tempo é feito depois e
antes de algum tempo - depois do que é passado, antes do que é futuro.
NPNF1: Vol. II, The City
of God, Book XI, Chapter 6.
Texto latino: Cum
igitur Deus, in cujus aeternitate nulla est omnino mutatio, creator sit
temporum et ordinator, quomodo dicatur post temporum spatia mundum creasse, non
video; nisi dicatur ante mundum jam aliquam fuisse creaturam, cujus motibus
tempora currerent. Porro si Litterae sacrae maximeque veraces ita
dicunt, in principio fecisse Deum coelum et terram, ut nihil antea fecisse
intelligatur, quia hoc potius in principio fecisse diceretur, si quid fecisset
ante caetera cuncta quae fecit; procul dubio non est mundus factus in tempore,
sed cum tempore. Quod
enim fit in tempore, et post aliquod fit, et ante aliquod tempus; post id quod
praeteritum est, ante id quod futurum est: De Civitate Dei, Liber Undecimus,
Caput VI, PL 41:321-322.
Agostinho
(354-430): Quando o homem é devidamente compreendido (ou,
se isso não for possível, então, pelo menos, crido) ser feito à imagem de Deus,
sem dúvida que é essa parte dele que o eleva acima das partes inferiores que
tem em comum com os animais, a qual o traz para mais perto do Supremo. Mas visto que a sua mente, embora, naturalmente, capaz da razão e inteligência está desabilitada por vícios
repreensíveis e inveterados não apenas
para unir-se com seu Senhor gozando de Deus, mas também para tolerar a sua luz
imutável, até que
tenha sido gradualmente curada, e
renovada, e capacitada de tal
felicidade, tinha, em primeiro
lugar, de ser impregnada com fé,
e assim purificada. E para que nessa fé possa
avançar o mais confiadamente para a verdade, a própria verdade,
Deus, o Filho de Deus, assumindo a
humanidade sem destruir a Sua
divindade, estabeleceu e fundou esta
fé, que pode haver um caminho para o homem para o Deus do homem através de um Deus-homem.
Pois este é o Mediador entre Deus
e os homens, Jesus Cristo homem. Pois é como homem que
Ele é o Mediador e o Caminho. Porque, se o caminho repousa entre
aquele que vai, e
o lugar para onde ele vai,
há esperança de alcançá-lo,
mas se não há caminho, ou se ele não sabe onde está, de que serve saber para onde ele deve ir? Ora, o
único caminho que é infalivelmente seguro contra todos os erros, é quando a mesma pessoa é ao mesmo tempo Deus e homem, Deus o
nosso fim, homem o nosso caminho.
NPNF1: Vol. II, The City of
God, Book XI, Chapter 2.
Texto
latino: Hic est enim mediator Dei et hominum homo
Christus Jesus. Per
hoc enim mediator, per quod homo; per hoc et via. Quoniam si inter eum qui tendit et illud quo tendit,
via media est, spes est perveniendi: si autem desit, aut ignoretur qua eundum
sit, quid prodest nosse quo eundum sit? Sola est autem adversus omnes errores
via munitissima, ut idem ipse sit Deus et homo: quo itur, Deus; qua itur, homo.
De Civitate Dei, Liber Undecimus, Caput II, PL 41:318.
Agostinho
(354-430): Deixe-me,
portanto, dizer em poucas palavras à sua Caridade, que o presbítero
Bonifácio não foi
achado por mim culpado de qualquer crime, e que eu nunca
acreditei, e ainda não acredito,
em qualquer acusação contra ele. Como, então, poderia ordenar que o seu
nome fosse excluído do rol de presbíteros,
quando plenamente avisado pela palavra de nosso Senhor no evangelho: "Com o juízo com que
julgais, sereis julgados". Pois, vendo
que a disputa que surgiu entre ele e Spes foi
por seu consentimento submetida à arbitragem divina de uma forma que, se desejar, lhe pode ser dada a conhecer, quem sou eu, para ter a presunção de antecipar a deliberação divina excluindo ou suprimindo o seu nome? Como bispo,
eu não devia precipitadamente suspeitar dele, e como
sou apenas um homem, eu não posso decidir infalivelmente sobre coisas que estão escondidas
de mim. Mesmo em assuntos seculares, quando um apelo é feito
para uma autoridade superior, todo o
procedimento persiste enquanto o
caso aguarda a decisão da qual
não há apelo, porque se alguma coisa
for alterada enquanto o assunto está dependente da sua arbitragem, isto seria um
insulto para o tribunal superior. E como é grande a
distância entre mesmo a mais alta autoridade humana e a divina!
NPNF1: Vol. I, Letters of St.
Augustin, Letter 77 - To, §2.
Texto
latino: Breviter itaque dico Charitati vestrae,
Bonifacium presbyterum in nullo crimine apud me fuisse detectum, nequaquam me
de illo tale aliquid credidisse vel credere. Quomodo ergo juberem de numero
presbyterorum nomen ejus auferri, vehementer terrente Evangelio ubi Dominus
ait: In quo judicio judicaveritis, judicabimini Cum enim causa quae inter illum
et Spem exorta est, sub divino examine pendeat secundum placitum eorum, quod
vobis si volueritis poterit recitari; quis ego sum, ut audeam Dei praevenire
sententiam in delendo vel supprimendo ejus nomine, de quo nec suspicari temere
mali aliquid episcopus debui, nec dilucide judicare homo de occultis hominum
potui, cum in ipsis causis saecularibus, quando ad majorem potestatem refertur
arbitrium judicandi, manentibus sicuti erant omnibus rebus, exspectetur illa
sententia, unde jam non liceat provocari, ne superiori cognitori fiat injuria, si
ejus pendente judicio aliquid fuerit commutatum? Et utique multum interest
inter divinam et humanam quamlibet excelsissimam potestatem. Domini Dei nostri
misericordia nunquam vos deserat, domini dilectissimi et honorandi fratres. Epistola
LXXVII, §2, PL 33:266-267.
Conclusão:
Como podemos constatar Agostinho faz uso do termo "infalível" nos seus escritos. Seria
de esperar que ele o usasse em algum lugar para descrever a Igreja ou o bispo
de Roma se acreditasse que estas entidades eram infalíveis. Mas o uso do termo “infalível”
nos escritos de Agostinho é apenas encontrado para descrever Deus e as
Escrituras. Em lado nenhum se encontra ele a descrever o Papa ou a Igreja como “infalível”.
De modo que, isto nos deixa entender que para Agostinho, as únicas entidades
que ele acreditava serem “infalíveis”, eram Deus e as Escrituras.
Jorege semLuis vomitou:
ResponderEliminar"Irmão antes de falar de infalibilidade, veja o que isso significa, infalibilidade papa não pé mesma coisa que impecabilidade."
R: O sr. já leu o conteúdo inteiro do blog? Onde está escrito que infalibilidade é a mesma coisa que impecabilidade?
É notável o seu desespero e ódio. Não diz coisa com coisa e ainda acha que está refutando algo.
Espero que o blog não responda nada.
Enfim, Jorge Luis é apenas um alienado copiador. Ele não não está aqui para debater, mas para fazer propaganda.
Graça e Paz.