terça-feira, 4 de junho de 2024

POR QUE NÃO SER PROTESTANTE?

 

Dois pilares distintivos de uma eclesiologia protestante são:

1) a igreja é falível.

2) a igreja não está restrita a uma instituição.

Ambas as coisas parecem bastante modestas.

(1) significa que a igreja não é infalível e, portanto, está subordinada à Escritura. Isso não parece ser difícil de aceitar. Afinal, a Escritura é revelação «soprada» por Deus. A infalibilidade eclesial pós-apostólica nunca existiu e não tem nenhuma base na fundação da nossa religião (não, Mateus 16:18 não ensina infalibilidade, apenas indefectibilidade, a qual afirmamos). Até Agostinho pensava que os concílios ecuménicos eram falíveis e, portanto, estavam sujeitos à Escritura.

(2) significa que a igreja reúne-se dentro de múltiplas instituições. Isso também pode ser aceite de imediato. Vê-se frutos evidentes da Igreja (exorcismos, glória da Trindade, salvação, etc.) em múltiplas expressões institucionais. Isto é uma enorme vantagem protestante porque a maioria das outras tradições têm que introduzir permanentemente novas condições históricas para tentarem dar sentido a si mesmas hoje.

Então... por que não ser protestante? Fica-se com uma igreja maior, mais católica e deixa-se de estar preso a erros e acréscimos ilegítimos que eram obviamente desconhecidos dos apóstolos e considerados hoje irreformáveis ​​(como a veneração de ícones ou a oração a Maria).

A Igreja… é a sociedade de todos os santos, uma sociedade que, espalhada por todo o mundo e existindo em todas as épocas, mas unida por uma só doutrina e por um só Espírito de Cristo, cultiva e observa a unidade de fé e a concórdia fraterna. Com esta Igreja negamos que tenhamos qualquer desacordo” (João Calvino, 1539).

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