No blogue a Fé explicada lê-se a seguinte frase “Graças aos monges católicos que a bíblia chegou até nossos dias, pois estes a copiavam manualmente, assim sendo possível nos dias de hoje, a difusão da bíblia. A Bíblia chegou até nós única e exclusivamente através da Igreja Católica.”
Esta é uma meia verdade, pois embora o texto bíblico se tenha conservado nos mosteiros, ao mesmo tempo deixou-se de traduzi-lo para línguas vernáculas e de pô-lo ao alcance dos laicos (tarefas que realizou a Reforma).
Além disso, as modernas versões da Bíblia baseadas em manuscritos hebraicos e gregos não dependem de forma crítica dos esforços dos monges ocidentais. É interessante que um dos manuscritos gregos mais valiosos do Novo Testamento é o códice Vaticano, que se encontrava na biblioteca homónima pelo menos desde 1475. No entanto, "por alguma razão que nunca foi completamente explicada, durante grande parte do século XIX as autoridades da Biblioteca puseram contínuos obstáculos aos eruditos que desejavam estudá-lo em detalhe. Não foi senão em 1889-1890 que o seu conteúdo ficou disponível para todos num fac-símile fotográfico completo editado por Giuseppe Cozz-Luzi."
(Bruce M. Metzger, The Text of the New Testament: Its transmission, corruption and restoration, 3a ed. rev. New York: Oxford University Press, 1992, p. 47).
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