São Jerônimo afirma que Maria subiu ao Céu no dia 18 das calendas de Setembro [15 de Agosto]: “Se alguns dizem que quem ressuscitou na mesma época que Cristo conheceu a Ressurreição perpétua, e se alguns acreditam que João, o guardião da Virgem, teve sua carne glorificada e desfruta da alegria celeste ao lado do Cristo, por que não acreditar com mais forte razão que o mesmo acontece com a mãe do Salvador? Aquele que disse: “Honre seu pai e sua mãe” (Êxodo 20, 12), e “Não vim destruir a lei, mas cumpri-la” (Mateus 5, 17), certamente honrou Sua mãe acima de todas as coisas, e por isso não duvidamos que o mesmo aconteceu com a bem-aventurada Maria”.
Santo Agostinho também defendeu a mesma coisa: “Já que a natureza humana está condenada à podridão e aos vermes, e que Jesus foi poupado desse ultraje, a natureza de Maria também está imune a isso, pois foi nela que Jesus assumiu a sua natureza. (...) O trono de Deus, o leito nupcial do Senhor, o tabernáculo de Cristo, deve estar onde Ele próprio está, pois é mais digno conservar este tesouro no Céu do que na Terra (...) Alegre-se, Maria, de uma alegria indizível em seu corpo e em sua alma, em seu próprio filho Cristo, com se próprio filho e por seu próprio filho, pois a pena da corrupção não deve ser conhecida por aquela que não teve sua integridade corrompida quando gerou seu filho. Será sempre incorrupta aquela que foi cumulada de tantas graças, que viveu íntegra, que gerou vida em total e perfeita integridade, que deve ficar junto daquele a quem carregou em seu útero, a quem gerou, aqueceu, nutriu – Maria, mãe de Deus, nutriz escrava de Deus. Por tudo isso não ouso pensar de outra maneira, seria presunção dizer diferente”.
Circula por vários sites católicos estas citações de Agostinho e Jerónimo como se fossem autênticas e prova de que a doutrina da assunção de Maria aos céus era crida desde o princípio pelos cristãos, mas que, na verdade, são parte respectivamente de um sermão falsamente atribuído a Agostinho e de uma carta espúria de Jerónimo.
Os testemunhos mais antigos da crença na assunção de Maria aos céus provêm de apócrifos dos séculos V e VI, certamente não de tradições preservadas por escritores cristãos ortodoxos dos primeiros séculos. A noção ganhou maior impulso a partir da baixa Idade Média, para o qual contribuiu estas falsificações de Agostinho e Jerónimo, até a sua proclamação em 1950.
A assunção de Maria aos céus carece de toda a prova bíblica, patrística e histórica, e a sua origem não poderia ser mais questionável.
No seu Manual de Teologia Dogmática diz Ludwig Ott: "A ideia da assunção corporal da Virgem encontra-se expressa primeiramente nos relatos apócrifos sobre o trânsito da Virgem, que datam dos séculos V e VI... O primeiro escritor eclesiástico que fala da assunção corporal de Maria, seguindo um relato apócrifo do Transitus B.M.V. é Gregório de Tours (m. 594)..." (p. 328).
Jesus interrogado por Pilatos, respondeu! O sou a Verdade e todo Aguele que "Ouve a Verdade escuta mina Voz"! Agora eu lhes pergunto! Na fé o que é a Verdade????????
ResponderEliminarAqui eu ponho as palavras do Padre Zezinho,um dos maiores padres brasileiros com formação nos Estados Unidos,e aqui eu trago parte das humildes e sábias palavras dele:
ResponderEliminar{...} Se Jesus salva a quem o segue, então é claro que a mãe dele está no céu porque Maria foi quem melhor o seguiu. Raciocinem comigo. Se Jesus ainda não levou nem a mãe dele para o céu, então Mateus exagerou; todo o poder não foi dado a ele… Se até agora ninguém entrou no céu, então a estação de baldeação onde ficam as almas à espera do último dia do planeta deve estar superlotado.
Podemos desmerecer o poder de Jesus ao ponto de deixar a sua mãe "dormindo" e não leva-la ao céu?
P.S:Caso você não responda e apague arbitrariamente o meu comentário me avise que eu não piso mais aqui.
Claro que a Mãe de Jesus está no céu, não está é em corpo e alma, porque a ressurreição dos corpos dos que morreram em Cristo só se dará na segunda vinda de Cristo, como diz o apóstolo Paulo: "Em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor 15:22-23)
ResponderEliminarO dogma da virgindade perpétua de Maria foi PROMULGADO em 1950,porém tu não sabes o significado de dogma.Dogma é aquilo que sempre foi crido por todos os cristãos de todos os tempos e em todos os lugares.
ResponderEliminar"[quod semper, quod ubique, quod ab omnibus]."
Uma prova disto é que os próprios cismáticos orientais comemoram no mesmo dia 15 de agosto o dogma da Assunção da Virgem.
Os "cismáticos" orientais não comemoram nenhum dogma da Assunção da Virgem, mas sim a festa da Dormição de Maria, que em primeiro lugar, não é dogma nas igrejas orientais e, em segundo lugar, a doutrina da Dormição de Maria é diferente do dogma da Assunção de Maria como o entendem os "cismáticos" romanos.
EliminarOs Santos padres também aprovam a assunção de Maria aos Céus.E é documento da própria Igreja.
ResponderEliminarhttp://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus_po.html
1. S. João Damasceno, que entre todos se distingue como pregoeiro dessa tradição, ao comparar a assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e privilégios, exclama com veemente eloqüência: "Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus".(12)
22. Condizem com essas palavras de s. João Damasceno as de muitos outros que afirmam a mesma doutrina. E não são menos expressivas, nem menos exatas, as palavras que se encontram nos sermões proferidos pelos santos Padres mais antigos ou da mesma época, ordinariamente por ocasião dessa festividade. Assim, para citar outro exemplo, s. Germano de Constantinopla julgava que a incorrupção do corpo da virgem Maria Mãe de Deus, e a sua assunção ao céu são corolários não só da sua maternidade divina, mas até da santidade singular daquele corpo virginal: "Vós, como está escrito, aparecestes 'em beleza'; o vosso corpo virginal é totalmente santo, totalmente casto, totalmente domicílio de Deus de forma que até por este motivo foi isento de desfazer-se em pó; foi, sim, transformado, enquanto era humano, para viver a vida altíssima da incorruptibilidade; mas agora está vivo, gloriosíssimo, incólume e participante da vida perfeita".(13) Outro escritor antiquíssimo assevera por sua vez: "A gloriosíssima Mãe de Cristo, Deus e Salvador nosso, dador da vida e da imortalidade, foi glorificada e revestida do corpo na eterna incorruptibilidade, por aquele mesmo que a ressuscitou do sepulcro e a chamou a si duma forma que só ele sabe".(14)
O apologista católico resolveu recorrer a uma fonte insuspeita, isenta, e imparcial para demonstrar que os Santos padres também aprovam a Assunção de Maria aos céus. É a própria Constituição Apostólica que define o dogma da Assunção de Maria aos céus que o diz. Pasme-se!!!
ResponderEliminarApresenta-se três testemunhos da crença na assunção de Maria: João Damasceno, Germano de Constantinopla, e uma citação obscura cuja autoria é atribuída a um escritor antiquíssimo, do séc. VII, Modesto de Jerusalém, ilustre desconhecido, cujo nome se remete para uma nota de rodapé. Todos eles orientais e nenhum anterior ao século VII.
Pelos vistos isto é evidência suficiente para o apologista católico concluir que os "Santos padres" aprovam a assunção de Maria e para a Igreja de Roma a declarar como dogma de fé.
No entanto, se alguém ler a definição da Assunção feita em 1950 – levou 19 séculos decidir que era um dogma de fé - notará que se recorre aos textos bíblicos e inclusive à mais antiga tradição patrística (por exemplo Ireneu) para justificar certos raciocínios, mas de modo algum para demonstrar com o testemunho dos Padres, que esta doutrina fosse crida por eles ou parte da suposta tradição extra-bíblica conservada na Igreja.
É um facto por todos reconhecido que não há evidência de que alguém soubesse alguma coisa da assunção corporal de Maria durante os primeiros séculos; com efeito, esta noção aparece pela primeira vez em fontes extremamente duvidosas, nas quais não confiariam os católicos noutros aspectos. No seu Manual de Teologia Dogmática diz Ludwig Ott: "A ideia da assunção corporal da Virgem se acha expressa primeiramente nos relatos apócrifos sobre o trânsito da Virgem, que datam dos séculos V e VI... O primeiro escritor eclesiástico que fala da assunção corporal de Maria, seguindo um relato apócrifo do Transitus B.M.V. é Gregório de Tours (m. 594)..." (p. 328).
Quer dizer que neste caso, como em muitos outros em que se apela à tradição oral para fundamentar o que hoje se crê, não existe ponta de evidência de que a informação provenha dos Apóstolos. Além do mais, em alguns casos como o da Assunção da Virgem, a evidência disponível assinala a sua origem marginal e extra-apostólica, de escritos desprovidos de valor em relação aos factos do primeiro século. Se este critério se aplicasse consistentemente a toda a teologia, e não selectivamente a parte dela, quem sabe onde estaríamos, doutrinalmente falando.
{Protestante}:
ResponderEliminarClaro que a Mãe de Jesus está no céu, não está é em corpo e alma, porque a ressurreição dos corpos dos que morreram em Cristo só se dará na segunda vinda de Cristo, como diz o apóstolo Paulo: "Em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor 15:22-23)
Esta sua frase não quer dizer nada, uma vez que a Virgem SSma. estava ainda viva quando as cartas de São Paulo foram escritas, de modo que o Apóstolo obviamente não podia mencionar a Assunção d'Ela que ainda não havia ocorrido!
A única coisa óbvia aqui é que você bem tenta fugir do claro ensinamento bíblico, mas não consegue, porque aquilo que Paulo ensinou não depende de Maria estar ainda viva ou não quando escreveu a sua epístola.
ResponderEliminarO Apóstolo escreveu:
1 Coríntios 15:22-23
“Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.
Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda;”
1 Coríntios 15: 51-57
“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos morreremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.”
Em outras palavras, não importa se Maria ainda estava viva ou não quando o apóstolo escreveu esta epístola, o facto é que na vinda de Cristo e não antes teria lugar a ressurreição de todos os crentes defuntos e a transformação dos vivos. Não há menção nem insinuação de alguma excepção a esta regra.
Portanto, se Maria é parte “dos que são de Cristo”, a sua ressurreição corporal deve ocorrer ao som da última trombeta que soará na vinda de Cristo em glória e majestade. Portanto o ensino da assunção corporal de Maria ao céu fica implicitamente refutado como a invenção tardia que é.
É, parece que o tal do apologista Católico, resolveu colocar a viola no saco e parar com a sua cantiga que só traz ruídos e desconforto aos ouvidos.
ResponderEliminarParabéns, Conhecereis a Verdade, pela bela e extraordinária resposta, as pretensões e heresias Romanistas.
Que Deus continue te abençoando.