terça-feira, 10 de junho de 2014
Tomás de Aquino deturpou a filosofia aristotélica
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Magistério infalível e niilismo filosófico
É típico da apologética católica apresentar um ceticismo epistemológico radical, argumentando que não se pode chegar ao conhecimento da verdade, a não ser através de uma autoridade infalível. Daí a necessidade da existência de uma autoridade infalível que conduza os homens à verdade.
Por exemplo, é habitual afirmarem que:
"Não se pode conhecer o cânon bíblico de modo certo e absolutamente verdadeiro, a não ser que uma autoridade infalível o determine".
"Não se pode chegar à interpretação certa e absolutamente verdadeira das Escrituras, a não ser que um intérprete infalível a forneça".
Ora, mas como todos os homens são falíveis, também não podem chegar infalivelmente ao conhecimento de uma autoridade infalível, - os católicos não podem validar infalivelmente a sua autoridade infalível, ou seja o magistério romano.
Consequentemente, os homens não teriam qualquer possibilidade de chegar ao conhecimento da verdade. Não existiriam verdades absolutas, nem nada a que pudéssemos chamar a realidade.
Este ponto de vista conduz à total desesperança, ao ceticismo mais profundo, e à insustentável posição do niilismo filosófico.
Obviamente, este ponto de vista não é para ser levado a sério, visto que parte de uma premissa falsa e filosoficamente insustentável de que os homens não podem chegar ao conhecimento da verdade sem ser infalíveis. Podemos saber muitas coisas (incluindo o cânon bíblico e o significado das Escrituras) de forma certa e absolutamente verdadeira sem ser infalíveis!!!
Na verdade, uma autoridade infalível é totalmente inútil - porque infalivelmente inalcançável - e desnecessária para que possamos chegar ao conhecimento certo e verdadeiro do que quer que seja.