É claro que se houvesse
uma forma de provar inequivocamente e de maneira formal que a Bíblia é a
Palavra de Deus, não haveria liberdade para rejeitá-la. Aceitar a inspiração
divina das Escrituras, tanto do Antigo como do Novo Pacto exige, então, um
passo de fé. No entanto, não se trata de uma fé cega ou irracional, já que
existem numerosos factos que orientam a nossa escolha. Estes factos podem
agrupar-se em três aspectos gerais. [1]
Primeiro,
o texto da Bíblia foi transmitido fielmente e sem distorção ao longo de
séculos: as suas referências históricas são comprováveis por registos seculares
e arqueológicos, e mesmo em casos em que havia discrepância entre a história
secular e o registo escritural, essa foi resolvida em favor da Bíblia.
Segundo,
as dezenas de homens que escreveram ao longo de mais de um milénio os
diferentes livros da Bíblia mostram uma extraordinária unidade no que se refere
aos aspectos centrais da fé. A veracidade do registo manifesta-se inclusive na
crueza de algumas das suas partes, e também na franqueza com a qual se
evidenciam as fraquezas de todos os heróis da fé, como os patriarcas, o rei
David e os Apóstolos de Jesus.
Terceiro,
a mudança que a leitura devota e consagrada da Bíblia é capaz de produzir no
coração humano não tem comparação. É uma renovação verdadeiramente
sobrenatural, que pode converter o mais malvado e abjeto membro da raça humana
num servo consagrado a proclamar a salvação de Deus com as suas obras e as suas
palavras.
Quarto,
a aplicação dos princípios bíblicos às nossas vidas e às relações humanas em
todos os seus aspectos produz resultados extraordinários. Como disse alguém,
ninguém é ignorante se conhece a Bíblia, nem ninguém pode ser considerado sábio
se a ignora.
[1] Um tratamento
detalhado e convincente pode ver-se em Josh McDowell (Dir.), Evidência que exige um veredito (Cruzada
Estudantil e Profissional para Cristo, Arrowhead Springs, 1972, p. 22-76)
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