segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A pontuação de Lucas 23:43 e o Codex Vaticanus


O texto de Lucas 23:43 (“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje estarás comigo no Paraíso”) presta-se a duas pontuações possíveis consoante se colocar uma vírgula antes ou depois da palavra «hoje». Nenhuma das pontuações possíveis afeta a doutrina da imortalidade da alma, pois em qualquer dos casos continua a ser possível sustentar biblicamente esta doutrina. No entanto, se a pontuação correta for com uma vírgula antes de «hoje», o sentido que o versículo adquire, deita por terra a obtusa antropologia, ou doutrina do homem, que as Testemunhas de Jeová (e outros grupos) desenvolveram, a qual nega a existência de uma alma imortal à parte do corpo, pelo que transformam a morte física numa simples aniquilação ou não-existência.

Assim, as Testemunhas de Jeová, na sua própria tradução da Bíblia (chamada tradução do Novo Mundo), pontuam este versículo com uma vírgula depois de «hoje». Um dos seus argumentos é que têm suporte textual para fazer isto, visto que o Codex Vaticanus, um dos principais manuscritos antigos do Novo Testamento, contém um sinal de pontuação - o equivalente a uma vírgula - depois de "hoje". Como respondemos pois a este seu argumento?

Em primeiro lugar, não é de todo claro que o ponto no Codex Vaticanus (B) seja uma marca intencional de pontuação. Pode nada mais ser do que um borrão ou uma mancha acidental.


Uma mancha  'acidental'  ou borrão no Codex Vaticanus. A mancha aparece entre o rho e o kappa em sarkos ("carne") em Romanos 9:8.


Imagem publicada pela Sentinela do suposto ponto baixo de pontuação em Lucas 23:43, Codex Vaticanus.


Todavia, se o ponto for, de facto, uma marca intencional de pontuação [1], não é certamente feito pela mão original. O escriba original não usa o “ponto baixo”, e quando usa pontuação (coisa que ele raramente faz), adiciona tipicamente um espaço extra, o que não é o caso aqui.


Espaçamento típico adicionado depois de um sinal de pontuação no Codex Vaticanus (entre Lucas 22:30 e 22:31)


Além disso, se o escriba pretendesse colocar uma vírgula depois de sêmeron, ele provavelmente usaria um ponto-médio como fez depois de sarka em Romanos 9:5 (e vários outros lugares), não o ponto-baixo, que era mais ou menos equivalente ao nosso ponto e vírgula [2].

Por último, não há notícia que algum comentarista ou crítico textual tenha mencionado a suposta vírgula no Vaticanus. Bruce Metzger, no seu Textual Commentary on the Greek New Testament, nada diz sobre isso, apesar de abordar o Siríaco Curetoniano em relação à pontuação correta de Lucas 23:43, e discutir o sinal de pontuação no Vaticanus em Romanos 9:5 [3].

O manuscrito Vaticanus foi originalmente escrito no século IV em tinta castanha, com um corretor logo em seguida fazendo algumas pequenas alterações. Mais tarde, um escriba posterior no século X ou XI passou por cima das letras tinta preta, ignorando aquelas letras ou marcas que ele pensava serem incorretas, e fazendo algumas alterações adicionais [4]. Embora o ponto seja "castanho desbotado" e isso possa indicar uma data antiga para o ponto, isso não é certo. Mesmo que seja, não está provado que proceda da mão original ou do corretor do século IV, e o facto de não ter sido reforçado pelo corretor posterior indica que ele considerou-o como não intencional ou um defeito. O Dr. Peter M. Head, um especialista em manuscritos do Novo Testamento, escreve:

«Eu não penso que (o ponto) seja pontuação. Certamente não é da produção do escriba original: não existe nada como ele em todos os espaços (a pontuação no Vaticanus é feita quase inteiramente apenas pelo espaçamento), ele não se parece com um ponto, mas mais como um borrão ou como você disse, uma mancha; e, o espaçamento está completamente errado para a pontuação feita pelo escriba original. Penso que poderá ter sido acrescentado mais tarde por alguém que quis repontuar o texto, mas todavia não estou convencido de que a cor é a mesma do outro material introduzido pelo potenciador/acentuador, de modo que você deve atribuí-lo a um desconhecido leitor/pontuador» [5].

Portanto, o máximo que pode ser dito é que, se o ponto é pontuação intencional, não foi copiado de um exemplar primitivo pelo escriba original, mas foi introduzido - por uma razão desconhecida - por alguém desconhecido num momento incerto.

Mas se se pudesse estabelecer que a marca é intencional e data do século IV (por mais improvável que isso pareça) – isso forneceria suporte antigo para a pontuação da tradução do Novo Mundo? Sim e não. Forneceria evidência além do Siríaco Curetoniano que alguém há muito tempo, devido à ambiguidade do Grego, entendeu (ou mal-entendeu) o versículo como a Torre de Vigia faz. Mas isso não provaria nada em relação ao que Lucas entendia. Os académicos textuais que pontuam os nossos autorizados Novos Testamentos Gregos não o fazem com base na pontuação de manuscritos antigos:

A presença de marcas de pontuação em manuscritos antigos do Novo Testamento é tão esporádica e aleatória que não se pode inferir com confiança a construção dada pelo pontuador à passagem [6].

Portanto, a presença de um sinal de pontuação (se tal ele for) num manuscrito antigo não nos diz nada sobre como pontuar corretamente Lucas 23:43. A pontuação correta é uma questão de exegese, e não de crítica textual [7].

Fonte: Baseado num escrito de Robert Hommel, em linha aqui

Notas

[1] "O ponto no topo da linha (·) (stigmh teleia, 'ponto alto') era um ponto final; aqueles sobre a linha (.) (upostigmh) era equivalente ao nosso ponto e vírgula, enquanto um ponto médio (stigmh mesh) era equivalente à nossa vírgula. Mas gradualmente surgiram mudanças sobre estas pausas até que o ponto alto tornou-se equivalente aos nossos dois pontos, o ponto baixo tornou-se um ponto final, e o ponto médio desapareceu, e por volta do século IX dC a vírgula (,) tomou o seu lugar" (Robertson, Grammar, p. 242).

[2] Ver nota 1. No entanto, a pontuação em manuscritos antigos, e particularmente no Codex Vaticanus, estava longe de ser consistente. Por conseguinte, devemos admitir que é possível que um escriba ou corretor pudesse usar um ponto-baixo de uma forma consistente com a nossa vírgula moderna, no entanto dado o facto de que o ponto-baixo não parece ter sido usado de modo nenhum pelo escriba do século IV ou pelo seu corretor contemporâneo, ao mesmo tempo que eles (raramente) usaram tanto o ponto-alto como o ponto-médio, parece muito improvável que um deles fizesse isso aqui. Robertson diz: "B tem o ponto-alto como um período, e o ponto-baixo para uma pausa curta" (Ibid.). No entanto, Robertson não diz que o "ponto baixo" foi feito pelo escriba original ou pelo seu corretor do século IV.

[3] Metzger, p. 155 (c.f., pp. 459-462). Enquanto estava a preparar este artigo, correspondi-me brevemente com o Dr. Wieland Willker sobre a suposta vírgula no Vaticanus. O Dr. Willker tem uma página dedicada ao Codex Vaticanus e um Comentário Textual sobre os Evangelhos Gregos on-line. Como resultado de nossa correspondência, o Dr. Willker adicionou informações sobre o ponto no Vaticanus na terceira edição do seu Comentário. O Dr. Willker concorda que o ponto é "de origem desconhecida", e não é feito pelo escriba original. Ele conclui:

«O ponto em B não é de muita relevância porque a questão da pontuação existe independente dele. A pontuação, se havia alguma, era, como a ortografia, irregular nos manuscritos antigos. Qualquer pontuação em manuscritos antigos é MUITO duvidosa. A pontuação na Nestle-Aland ou GNT NUNCA é baseada numa pontuação de um Manuscrito. É SEMPRE uma decisão baseada na gramática, sintaxe, linguística e exegese» (Willker, Textual Commentary, p. 436, ênfase no original).

O Dr. Willker enumera as seguintes manuscritos que colocam hoti depois de legô, enfatizando assim que "hoje" qualifica "estarás comigo ...": L, 892, L1627, b, c, Co, e Sy-S. Ele enumera AM 118 PS8, 11 (1,8), Apo, e Hil como manuscritos que fazem a mesma coisa com sintaxe diferente.

[4] Finegan, pp. 127-28.

[5] Peter M. Head, PhD, e-mail pessoal para Robert Hommel, datado de 11/1/2005. Larry W. Hurtado, PhD, também suspeita que a marca é uma mancha ou borrão e não um sinal de pontuação (e-mail pessoal para Robert Hommel, datado de 1/5/2005).

[6] Metzger, p. 460, n. 2.

[7] Para uma análise exegética deste versículo ver: A pontuação de Lucas 23:43

Bibliografia

Robertson, Archibald Thomas. 1934. A Grammar of the Greek New Testament: in the Light of Historical Research. Nashville, TN: Broadman Press. (Robertson, Grammar)

Metzger, Bruce M. 1975. A Textual Commentary on the Greek New Testament. 3rd Edition. Stuttgart, Germany: United Bible Societies.

Finegan, J. 1974. Encountering New Testament Manuscripts. Grand Rapids, MI: Eerdmans.

6 comentários:

  1. Que ótimo que você traduziu este texto... Infelizmente testemunhas de Jeová se aproveitam da falta de informações para fazer seu "evangelismo"... Vamos assim impedir que eles se aproveitem destas lacunas para crescer...

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    1. O problema é que é muito mais fácil criar mitos, deturpações, equívocos e preconceitos, que se espalham como um vírus, do que depois desmistificá-los, esclarecê-los, e corrigi-los.

      E muitas vezes para isso é preciso recorrer a fontes e conhecimentos que não são facilmente acessíveis para a maioria das pessoas.

      É como ouvir alguém discursar sobre física quântica, se quem está a ouvir não souber nada de física quântica, o orador pode dizer as maiores sandices que ninguém percebe, e no fim até é capaz de ser ovacionado com uma grande salva de palmas.

      E pior ainda, é quando os ouvintes começam a repetir as sandices que ouviram como verdades absolutas. Está criado o mito urbano...

      Hoje em dia quem tiver uma atitude crédula, sem preocupação de procurar confirmar as informações por outras fontes (quando isso é possível), corre sérios riscos de ser enganado ou pelo menos cair em confusão.

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  2. Genesis 2:7, o homem se tornou alma vivente, ele não ganhou uma alma
    Eclesiastes 3:19, os animais tem a mesma morte dos humanos, será q os animais tbm tem alma imortal?
    Jesus só voltou ao céu 40 dias após sua ressurreição, então como ele estaria junto com o Senhor Cristo Jesus naquele mesmo dia?
    eruditos bíblicos e fontes confiáveis dizem que a pontuação correta seria 'DEVERAS EU TE DIGO HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO'
    a crença da imortalidade da alma surgiu na antiga Babilônia, ganhou força na antiga Grécia com os filósofos pagãos, se popularizou qndo Constantino fez do cristianismo apóstata a religião oficial do império romano, e 'cristianizou' várias crenças e festividades, dando origem a igreja Católica Romana, e todas as demais religiões copiaram as filosofias pagãs q se tornaram doutrinas 'cristãs'

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    1. “Genesis 2:7, o homem se tornou alma vivente, ele não ganhou uma alma”

      Ninguém argumentou que este versículo afirma que o homem ganhou uma alma, por isso não passa de uma falácia do espantalho.

      Em Genesis 2:7 o vocábulo nefesh significa «ser vivente». Mas este vocábulo não pode ser arbitrariamente restringido a este significado. Nefesh deve traduzir-se segundo o contexto e pode significar muita coisa, entre elas a parte espiritual do homem que sobrevive à morte do corpo.

      Se se traduzir invariavelmente “alma”, que corresponde ao hebraico nefesh e ao grego psyche por "ser vivente", os seguintes textos ficariam ininteligíveis Génesis 35:18; 1 Reis 17:22; Jó 32:8; Eclesiastes 12:5-7; Salmo 31:6, Lucas 23:46; Actos 7:59; Mateus 10:28; Apocalipse 6:9; 20:4-6.:

      Génesis 35:18 “E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.”

      Poder-se ia traduzir “E aconteceu que, saindo-se-lhe o ser vivente (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim”???

      1 Reis 17:22 “E o SENHOR ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.”

      Poder-se-ia traduzir como “E o SENHOR ouviu a voz de Elias; e o ser vivente do menino tornou a entrar nele, e reviveu” ???


      1 Tessalonicenses 5:23 "corpo, alma e espírito"

      Terá Paulo querido dizer "corpo, ser vivente e espírito" ???


      Mateus 10: 28 "E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”.

      Pode verter-se o dito pelo Senhor como "não temais os que matam o corpo, mas não podem matar o ser vivente; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno o ser vivente e o corpo" ???

      Apocalipse 6:9 E, havendo [ o Cordeiro] aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.

      Terá João querido dizer: " E, havendo [ o Cordeiro] aberto o quinto selo, vi debaixo do altar os seres viventes dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram..." ???

      A Bíblia é para ser interpretada no seu conjunto, não é para pincelar um versículo aqui e ali conforme nos dá jeito. E quando se faz isto a noção de que existe uma parte imaterial do homem, denominada “alma”, que sobrevive à morte física fica bem estabelecida.

      “Eclesiastes 3:19, os animais tem a mesma morte dos humanos, será q os animais tbm tem alma imortal?”

      O que é que uma coisa tem a ver com a outra?

      Jesus só voltou ao céu 40 dias após sua ressurreição, então como ele estaria junto com o Senhor Cristo Jesus naquele mesmo dia?

      No tempo de Jesus, os judeus acreditavam que os mortos iam para o Hades, que ficava debaixo da terra e não para o céu. Daí Jesus ter dito naturalmente que ainda não tinha voltado ao céu. Mas mesmo que se admitisse que a alma de Jesus foi para o céu quando morreu, ele quando diz que ainda não voltou para o céu está a falar da assunção corporal e volta definitiva para junto do Pai, nada diz nessa passagem do seu estádio intermédio entre a morte e a ressurreição.

      Os eruditos bíblicos e as fontes confiáveis que dizem que a pontuação correta seria 'DEVERAS EU TE DIGO HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO', são apenas os das Testemunhas de Jeová.

      Não é por acaso que a esmagadora maioria das Bíblias, traduz este versículo com a vírgula antes de «Hoje».

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    2. Não basta fazer afirmações no vazio, é preciso demonstrar o que se afirma. Quando, onde e de que forma, quem crê hoje na imortalidade da alma copiou ou foi influenciado por doutrinas gregas-pagãs? A maior parte dos cristãos que crêem hoje na imortalidade da alma não têm nenhuma relação com as instituições religiosas do império romano e muito menos com a antiga Babilônia, nem sabem nada de filosofia grega. Onde está a relação de causalidade?

      Na realidade, quem crê hoje na imortalidade da alma, crê porque considera que essa doutrina é a mais consistente com os dados bíblicos, e de fato essa doutrina é perfeitamente defensável somente com a Bíblia. Suponho que conhece os textos de Mateus 10:28, Lucas 16:19-31, João 11:25-26, Romanos 8:35-39, 2 Coríntios 5:1-10, Filipenses 1:23, 2 Pedro 1:14, e Apocalipse 6:9-11, entre outros.

      Também havia na antiguidade correntes filosóficas, naturalistas e materialistas, que não criam na imortalidade da alma. Da mesma forma, o aniquilacionismo era uma doutrina dos Saduceus (Mt 22:23; At 23:8). Quer isto dizer que a crença das Testemunhas de Jeová foi influenciada por estes grupos? Não basta apontar semelhanças entre crenças para afirmar que uma foi influenciada por outra. É preciso mostrar onde está a relação de causalidade, como se deu essa influência.

      Além disso, a crença da "imortalidade da alma” dos gregos é diferente da crença da “imortalidade da alma” dos cristãos. Os gregos eram dualistas, os cristãos não são dualistas. Para os cristãos corpo e alma formam uma unidade que é o ser humano. Para os gregos, ao contrário, alma e corpo são duas entidades distintas que se opunham uma à outra, sem compor um ser humano. Daí os gregos não terem problemas em acreditar na reencarnação da alma em outros corpos e os cristãos já terem.

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  3. POR QUE QUEM NÃO ACREDITA NA EXISTÊNCIA DE UMA ALMA IMORTAL NO SER HUMANO, NÃO PODE DEFENDER A EXISTÊNCIA DE QUALQUER ESPÉCIE DE ARBÍTRIO (NEM LIVRE NEM SERVO), NEM RESPONSABILIZAR O SER HUMANO POR QUALQUER CONDUTA QUE TOME.

    As Testemunhas de Jeová acreditam que não existe vida para além da morte, porque o nosso eu está irremediavelmente dependente do nosso cérebro, pelo que morrendo este morre o nosso eu.

    Mas ao mesmo tempo são fortes defensores de que o homem tem livre arbítrio resvalando para um discurso contraditório e auto-refutante.

    Se não existe um eu para além do corpo e do cérebro, então todos os pensamentos, ideias, opiniões, escolhas e ações não são imputáveis ao eu como pessoa, mas sim, em última análise, aos seus estados cerebrais e à sua fisiologia neurológica.

    Se assim é, não vale a pena uma Testemunha de Jeová andar de porta em porta, a perder o seu tempo, a discutir com neurónios e sinapses, nervos e músculos. Em vão encontraremos aí um sujeito autónomo e responsável.

    Se uma pessoa está totalmente dependente do seu corpo e do seu cérebro como se pode dizer que estamos sujeitos a deveres de moralidade e racionalidade?

    Uma pessoa só pode dizer que é livre e responsável se realmente existir uma pessoa irredutível ao seu cérebro, que possa ser responsável pelas decisões que faz, pelas ideias que aceita, pelos movimentos do seu corpo, pela maneira como trata os outros, etc.

    Só nesse caso, a pessoa pode ser julgada por Deus e condenada pela violação das suas leis.

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