Há quem diga, principalmente antitrinitários, que o texto de Mateus 28:19 com a fórmula trinitária, é uma adição posterior, feita por algum escriba no século IV, ao texto original do Evangelho de Mateus.
No entanto, os factos são os seguintes:
1) Os milhares de manuscritos gregos, alguns deles mais antigos que o século IV, contêm a fórmula trinitária em Mateus 28:19.
2) Em todos os manuscritos gregos existentes que têm este texto, o seu conteúdo é substancialmente igual ao da 4ª edição do Novo Testamento grego das Sociedades Bíblicas e ao Nestle-Aland 27ª ed.:
Poreuthentes oun matheteusate panta ta ethne, baptizontes autous eis to onoma tou patros kai tou huiou kai tou hagiou pneumatos.
Que pode literalmente traduzir-se como:
“Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, batizando eles em nome do Pai e do Filho e do Santo Espírito”
Nem o aparato crítico das edições mencionadas, nem o professor Metzger nas suas reconhecidas obras sobre o texto do Novo Testamento e o comentário crítico textual do Novo Testamento indica alguma variante. Todos os manuscritos gregos, assim como as versões antigas, dizem o mesmo.
3) Mas se isto não bastasse, na Didaquê ou Doutrina dos Doze Apóstolos, um documento do século I, lê-se acerca do batismo que deve realizar-se “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (eis onoma patros kai huiou kai hagiou pneumatos, Didaquê 7:3).
Portanto não há a mínima evidência de que este versículo tenha sido alterado; pelo contrário, tudo indica que a referência trinitária pertence ao texto do Evangelho segundo Mateus.
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